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Instituto Butantan cria drive-thru de testes de Covid-19 em shopping na Zona Sul de SP

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Local vai funcionar até segunda-feira (3), das 8h às 17h, ou até os enfermeiros aplicarem todos os 200 testes previstos para cada dia. Atualmente, 33% dos testes feitos na rede pública dão positivo para a Covid-19, um patamar que, segundo a OMS, indica que a epidemia não está sob controle.

 

O Instituto Butantan, vinculado ao governo estadual, criou um drive-thru de testes de Covid-19 no estacionamento de um shopping na Zona Sul de São Paulo. O local vai funcionar até segunda-feira (3), das 8h às 17h, ou até os enfermeiros aplicarem todos os 200 testes previstos para cada dia. Nesta quinta (30), os kits acabaram às 16h.

O diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que a novidade mostra uma mudança na estratégia de testagem do estado.

“Os testes estão sendo ofertados para a população, que inclui os indivíduos com sintomas leves e seus contatos e agora a população geral através do seu drive-thru”, disse Dimas Covas.

O drive-thru do Instituto Butantan é um projeto piloto, e o teste aplicado é o chamado RT-PCR, que identifica a presença de fragmentos genéticos do vírus em secreções respiratórias.

Este teste é capaz de identificar pacientes assintomáticos da Covid-19 desde que eles tenham o vírus no organismo no momento do exame. Já o teste rápido, também conhecido como teste sorológico e oferecido em farmácias e laboratórios, indica a presença de anticorpos contra o vírus, ou seja, acusa geralmente casos passados da doença.

O resultado do exame sai em até 72 horas e é enviado ao paciente por e-mail e o drive-thru fica no estacionamento superior do Shopping SP Market, na Av. das Nações Unidas, 22.540, Zona Sul da capital paulista.

Estado precisa testar mais

Os números oficiais mostram que o estado precisa testar mais. Os laboratórios públicos que compõem a plataforma de testagens do estado de São Paulo já realizaram, juntos, 328.215 testes PCR entre 1º de março e 29 de julho. Os dados foram divulgados pelo Sistema de Informações e Monitoramento Inteligente (SIMI), criado pelo governo paulista no início de maio para consolidar dados e gerar relatórios de embasamento das políticas públicas de combate ao novo coronavírus.

O secretário estadual da saúde reconheceu que o estado precisa testar mais, mas disse que o aumento nos últimos dois meses já mostra resultados. “Aumentamos em 76% o número de casos no estado de São Paulo, mas reduzimos as internações hospitalares. Ora. Por que fizemos isso? Porque conseguimos detectar esses pacientes de uma forma muito mais precoce, leve e não mais que ingressavam e eram admitidos nos hospitais para internação”, disse Jean Gorinchteyn.

A expansão da capacidade máxima de testagem dos laboratórios e a mudança do protocolo fizeram com que a média de testes diários subisse mês a mês. Em julho, os dados parciais mostram que mais de 134 mil testes já foram processados, o que representa 41% do total de testes feitos em todo o ano. Os dados não incluem os testes PCR feitos nos laboratórios privados, pagos pelos pacientes ou pelo plano de saúde, nem nos laboratórios privados parceiros da plataforma.

No entanto, foi só nesse mês que a média diária se aproximou da promessa feita ainda no fim de março, de realização de 5 mil testes PCR por dia. Nos 29 dias de julho, e média foi de 4,6 mil testes por dia, apesar de a capacidade máxima da rede já estar acima de 8 mil testes diários. A conta inclui os fins de semana e fins de semana porque desde o início da pandemia os pesquisadores, principalmente na sede central do Instituto Adolfo Lutz, na Zona Oeste da Capital, têm trabalhado em regime de força-tarefa para operar as máquinas de processamento das amostras.

Alta no número de casos

Os testes PCR são feitos para os pacientes com sintomas de alguma doença infecciosa. A amostra é coletada pelas narinas e garganta, e o material genético é extraído em uma máquina para detectar a presença ou ausência de RNA de algum vírus, como o Sars-Cov-2, que provoca a Covid-19, os vírus de Influenza, que provocam a gripe, ou até o arbovírus que provoca a dengue.

O governo estadual atribui a recente alta no número de casos confirmados ao aumento da testagem, tanto do tipo PCR quanto o rápido, que é menos sensível e busca detectar se a pessoa já foi infectada com o novo coronavírus e desenvolveu anticorpos contra ele.

Segundo Jean Carlo Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde, São Paulo mantém hoje um índice de testagem de “quase 50 testes para cada 100 mil habitantes”. De acordo com ele, a cifra é parecida à de países da Europa, como a Alemanha. “A nossa programação é ‘testar e testar e testar’. Para que a gente chegue a 70 testes para cada 100 mil habitantes.”

Contágio ainda fora de controle

No entanto, os dados divulgados pelo governo estadual mostram ainda que, de todos os testes processados na rede pública, 33% tiveram resultado positivo. Esse patamar é considerado alto para especialistas.

Segundo a infectologista Rosana Richtmann, o aumento no número de testes de fato aumenta o número de casos positivos. Mas, para conter a epidemia, é importante de usar a testagem não só para diagnosticar uma pessoa que procura o serviço de saúde, mas como estratégia de rastreamento do vírus para conter a transmissão.

“Eu vou achar mais casos, claro. Em compensação, eu acho casos precocemente, eu já tento controlar isso daí, e fazer com que essas pessoas não transmitam pra pessoas mais vulneráveis e essas sim podem ter casos mais graves, complicações e óbitos”, explicou ela. “Eu preciso dar um passo antes. Ou seja, eu preciso de fato mapear onde estão as pessoas que estão transmitindo o vírus, mesmo praticamente sem sintomas. E isso chama testagem, para poder ter esse controle melhor da doença.”

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando uma região consegue manter um índice alto de testes, mas obter cerca de 5% de resultados positivos durante 14 semanas, esse é um indicativo de que a epidemia está sob controle.

Fonte: G1

Postado por Maxx Saúde

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